RAFAEL MACHADO
DA REDAÇÃO
Após o senador Jorge Kajuru, o senador Eduardo Girão (Podemos-CE) saiu em defesa da senadora Selma Arruda após parecer da procuradora-geral da República (PGR) Raquel Dodge favorável ao processo de cassação contra a pesselista.
O senador aponta que Selma estaria sendo alvo de perseguição após ter assinado a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Lava Toga. Ele comentou que a manifestação ocorreu sete horas após a PGR receber a notificação, o que, para ele, seria uma ‘ditadura do Judiciário’.
“A senadora Juíza Selma que, eu tenho a possibilidade de conviver há sete meses, é uma pessoa corretíssima, íntegra e de uma forma impressionante, fora da curva, no meu modo entender, uma perseguição que está acontecendo com a juíza Selma. A PGR em sete horas depois de receber a notificação já encaminhou um processo contra ela e a coincidência é que ela assinou três vezes a CPI da Lava Toga. O que me deixa assustado com essa ditadura que a gente vive no Brasil, que é a ditadura do Judiciário”, disse durante sessão da Comissão de Direitos Humanos, no Senado Federal.
Após o parecer da PGR, a senadora tem recebido apoio dos colegas de parlamento. O senador Jorge Kajuru (Patriota-GO) compartilhou uma imagem no Twitter que diz: “Enquanto o inquérito contra Renan Calheiros levou quatro anos para ser arquivado, Dodge levou menos de um ano para pedir a cassação da senadora Selma Arruda, que assinou a CPI da Lava Toga".
Em abril, o Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso, por unanimidade, cassou o mandato de Selma e de seus suplentes por caixa 2 e abuso de poder econômico nas eleições de 2018. Atualmente, o processo está no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).