SÍLVIA DEVAUX
DA REDAÇÃO
O governador Mauro Mendes (DEM) chamou de antidemocrático o protesto dos servidores penitenciários, que bloqueou as ruas do Centro Político Administrativo e provocou a paralisação parcial ou total dos serviços públicos na semana passada.
Além de "desagradável e desnecessário", o governador disse que o fechamento das vias de acesso a todos os poderes impedindo que funcionassem por mais de duas horas mostrou "desrespeito com todos as instituições e demais servidores".
"É desnecessário esse tipo de atitude. A democracia prevê o diálogo e não tolera esse tipo de ato", pontuou Mauro ao emendar que isso pegou muito mal para eles.
Cerca de 500 policiais penais e membros do Sindicato dos Servidores Penitenciários (Sindspen) bloquearam no dia 2 de dezembro as ruas do CPA impedindo que os servidores de diversos órgãos estaduais pudessem iniciar o expediente de trabalho no período matutino.
De acordo com a Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag), o prejuízo ao Estado por conta da ação dos sindicalistas chegou a R$ 1,2 milhão. Inclusive a Procuradoria-Geral do Estado (PGE) já entrou com ação cobrando esse valor pelo dano causado.
Segundo o chefe do Executivo, "todos os poderes: a Assembleia [Legislativa], nós [Governo], Tribunal de Justiça, Tribunal de Contas. Todo mundo que eu conversei achou aquele ato totalmente desnecessário e que isso criou ali uma indisposição com relação aos pleitos que estavam apresentando".
No dia 3, promoveram uma ‘greve branca’ paralisando parcialmente as atividades da categoria que impediu a entrada e saída de novos detentos, a suspensão das visitas de familiares e a suspensão da saída dos presos que prestam serviços fora da unidade prisional.
