KAROLLEN NADESKA
DA REDAÇÃO
O prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) disse que não pretende ‘abrir mão’ dos recursos da Saúde de Cuiabá que não teriam sido pagos na gestão do ex-governador Pedro Taques (PSDB), no montante de R$ 40 milhões.
Emanuel declarou que ser for preciso irá até a última instância do Judiciário para receber o dinheiro, ou quem sabe, até o papa Francisco, líder mundial da Igreja Católica.
“Falo com todo mundo, até com o papa se for preciso”, enfatizou o prefeito em referência a cobrança da dívida, na manhã desta quarta-feira (18).
O emedebista pontuou que não dispensará uma intermediação da Assembleia Legislativa para receber o valor.
O recurso é referente aos repasses em atraso deixado pelo a gestão tucana e que seriam usadas para equipar o Hospital Municipal de Cuiabá (HMC), onde também funcionará o novo Pronto Socorro da Capital.
Na tarde de terça-feira (17), o governador falou sobre o assunto e destacou que o Estado não tem caixa para pagar o montante e que, neste momento, existem demandas mais emergentes para se resolver.
“Ele [Emanuel Pinheiro] quer esses R$ 82 milhões para quê? Se o objeto inicial era para compra de equipamentos. Para comprar o equipamento de novo? Vai colocar onde esse dinheiro?”.
Todavia, o prefeito Emanuel rebateu a declaração do governador e afirmou que solucionará o conflito na Justiça já que o Estado se recusa a apresentar uma proposta resolutiva.
“Cuiabá mais uma vez abriu mão para o Estado que precisava ajudar a Saúde Pública, no interior. Mas nesse primeiro momento eu quero garantir o direito da população”, disse Emanuel Pinheiro.
“Não quero colocar a faca no pescoço de ninguém. Quero que apresente proposta e pague. O que é devido tem que ser pago e o que não é devido, se provar, não iremos cobrar”, afirmou.
