RAFAEL MACHADO
DA REDAÇÃO
O presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho (DEM), disse que pode criar uma comissão para acompanhar a denúncia feita pelo prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), sobre suposto uso político da Delegacia Fazendária para tentar prejudicá-lo.
Sem rumo definido, o presidente disse que vai discutir o assunto com o procurador da Assembleia para tentar chegar a um encaminhamento. A intenção é enviar o documento para o Ministério Público do Estado (MPE).
“O prefeito veio e protocolou essa denúncia. Vou chamar o procurador, vamos discutir com ele qual o encaminhamento. Possivelmente vou passar uma cópia para os deputados e aí, depois, na semana que vem, talvez, a gente reúna e vê se vamos encaminhar para o Ministério Público”, disse à imprensa após a sessão desta quarta-feira (04).
Botelho explicou que o prefeito denunciou possível uso político da Polícia Civil após ter recebido informação de que a Delegacia Fazendária estaria sendo modificada porque os delegados negaram dar seguimento as investigações que poderiam prejudicá-lo ou sua gestão.
No entanto, o presidente da Assembleia não acredita que a Defaz tenha sido usada ‘politicamente’ para prejudicar o prefeito.
“Não acredito. A polícia hoje é totalmente independente, caso de polícia é de polícia. Ninguém utilizou isso, nem o Silval quando era governador não utilizou a polícia, então não vejo essa possibilidade”, avaliou.
Por fim, ele falou que a denúncia de Emanuel não tem os fundamentos necessários para instauração de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI).
“Para criar uma CPI tem que ter argumentos e fatos concretos para se criar uma CPI e não tem, então não vejo necessidade”, explicou.