RAFAEL MACHADO
DA REDAÇÃO
O presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho (DEM), disse que o delegado geral da Polícia Civil, Mário Dermeval e os ex-titulares da Delegacia Fazendária (Defaz), Lindomar Tofoli e Anderson Veiga, devem ser ouvidos pelos deputados sobre a denúncia do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) de que o Governo Mauro Mendes (DEM), supostamente, teria tentado usar a polícia para persegui-lo politicamente.
No entanto, devido à agenda apertada de fim de ano, Botelho argumentou que o Legislativo deve analisar o caso somente no próximo ano. Por outro lado, uma das medidas que devem ser adotada é encaminhamento do documento para o Ministério Público do Estado (MPE), com acompanhamento de uma comissão de deputados.
“Estamos num momento muito complicado, final de ano temos LOA [Lei Orçamentária Anual] para votar, estamos numa agenda muito apertada. Não sei se vamos ter condições de fazer isso agora. Talvez fique para o início do ano. Ainda temos a agenda da reforma da Previdência que vai entrar na semana”, disse à imprensa durante o lançamento da Arena Encantada, na quinta-feira (05).
Na segunda-feira (02), o prefeito foi até a Assembleia denunciar possível uso político da Polícia Civil, após ter recebido informação de que a Delegacia Fazendária estaria sendo modificada porque os delegados negaram dar seguimento as investigações que poderiam prejudicá-lo ou sua gestão.
Desde então, o documento está sob a mesa de Botelho que busca sugestão dos parlamentares e da Procuradoria da Assembleia para decidir quais medidas devem ser adotada.
Nessa semana, o presidente disse que a denúncia foi apresentada sem provas e que não acredita que a Defaz tenha sido usada ‘politicamente’ para prejudicar o prefeito.
O delegado geral da Polícia Civil, Mário Dermeval, reagiu às notícias sobre o fato e, em nota, repudiou as falas atribuídas ao prefeito e negou que as remoções dos delegados tenham ligação com a denúncia.