MÁRCIA MATOS
DA REDAÇÃO
Pouco antes do senador Jayme Campos (DEM) ser eleito presidente do Conselho de Ética, que julga a conduta dos colegas parlamentares, a senadora Selma Arruda (Podemos) declarou em entrevista ao Conexão Poder, que acreditava que estava na lista nos que serão julgados, por divulgar que o presidente da Casa, Davi Alcolumbre (DEM-AP) tem pressionado para que retirassem as assinaturas da CPI da Lava Toga, o que o presidente aponta como difamação.
“Veja você, que agora nós vamos ser representados. Eu tenho certeza que eu sou uma dessas pessoas representadas no Conselho de Ética e aquilo que deveria ser instrumento de lisura da Casa acaba se transformando em instrumento de mais opressão”, criticou.
"Eu tenho certeza que eu sou uma dessas pessoas representadas no Conselho de Ética e aquilo que deveria ser instrumento de lisura da Casa acaba se transformando em instrumento de mais opressão”, criticou.
Na entrevista Selma critica que apesar de todos cobrarem que o conselho fosse instalado desde o início deste mandato, só agora o presidente decidiu efetivar, em ação que ela entende como interesse próprio, diante da repercussão negativa à imagem dele, promovida por declarações de senadores do grupo Muda Senado, do qual ela faz parte.
“É uma pressão sem cabimento o negócio não tem cabimento (...) O cidadão pensa que a democracia é de uma forma e não é. Você chega lá querendo fazer a coisa do jeito certo e você é triturada. É o poste fazendo xixi no cachorro”, desabafa.
O Conselho de Ética do Senado, que foi instalado no último dia 25, com Jayme eleito presidente e Veneziano Vital do Rêgo (PSB-PB), vice, vai analisar se senadores quebraram ou não o decoro parlamentar.
As penas que podem ser aplicadas pelo colegiado ao parlamentar são: advertência, censura, perda temporária e perda definitiva do mandato.
Veja o vídeo: