DO CONEXÃO PODER
O ex-governador de Mato Grosso, Pedro Taques, indiciado esta semana pela Polícia Civil por denunciação caluniosa contra o promotor de Justiça Mauro Zaque, peticionou um novo pedido de investigação contra Zaque, dessa vez por prevaricação.
Taques foi indiciado por ter acusado Mauro Zaque de fraudar protocolo de documento público, no esquema de escutas ilegais que ficou conhecido como Grampolândia Pantaneira. No entanto, o promotor, que na época dos fatos era secretário de Segurança Pública, apresentou número do protocolo com a denúncia sobre o caso. Posteriormente, ficou comprovado que houve fraude de protocolo dentro da própria estrutura do Estado.
Zaque chegou a ser investigado pela Corregedoria do Ministério Público, que posteriormente viu que não havia indícios suficientes na denúncia e arquivou o processo. Por causa disso, Taques foi indiciado por denunciação caluniosa.
Na nova petição, assinada pelo escritório de advocacia do próprio Pedro Taques, no dia 18 de setembro deste ano, o ex-governador narra que Zaque nada fez pelo período de 1 ano e 4 meses para elucidar as denúncias sobre as escutas ilegais.
No documento ao qual o Repórter MT teve acesso, esclarece que a primeira conversa com que teve com Zaque sobre o caso foi em 5 de outubro de 2015, ocasião em que pediu todos os documentos e envio do caso ao Gaeco (MPMT).
Na ocasião, Zaque ficou mais 11 dias em posse da documentação e, só depois, enviou a documentação ao Ministério Público. Apenas 24 horas depois, o caso foi arquivado.
Zaque diz ter feito um segundo protocolo em 14 de outubro de 2015, com mais informações sobre o caso, sendo este o que foi fraudado. Na petição, Pedro Taques diz nunca ter tido conhecimento desse segundo protocolo até maio de 2017, período em que Mauro Zaque também nada fez em relação à denúncia.
“Por 15 (quinze) meses o Sr. Mauro Zaque manteve-se inerte e silente sobre aquilo que detinha conhecimento. Destaque para o fato de que esta inércia, a rigor, e em tese prevaricação, ocorreu em dois periodos, quais sejam: entre 05/10 a 31/12/2015, como Secretário de Estado, e entre Janeiro/2016 a Janeiro/2017, como Promotor de Justiça”.
Assim, pede, novamente, que o promotor seja investigado. Ainda não há julgamento da petição.
