DÉBORA SIQUEIRA
DO CONEXÃO PODER
O senador Jayme Campos (União Brasil) evitou polêmicas e não revelou em quem votou para presidente do Senado. Ele era a única incógnita entre os parlamentares de Mato Grosso. O senador Carlos Fávaro deixou o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) apenas para garantir o voto em Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Por sua vez, o senador Wellington Fagundes (PL) carimbou o voto em Rogério Marinho (PL-RN).
Com o argumento de que o voto é secreto, Jayme disse que a “venceu a democracia” e minimizou de que os 49 votos de Pacheco contra os 32 recebidos por Marinho o resultado é de que “não houve vencedor e nem vencido”.
Conforme Jayme, a expectativa é que o presidente do Senado construa uma pauta de votação “que possa atender as necessidades mais prementes da sociedade brasileira”.
A escolha de Pacheco foi feita após a posse dos 27 eleitos em outubro, de acordo com procedimentos definidos pelo Regimento Interno. A votação, secreta e realizada em cédulas de papel, foi comandada pelo atual vice-presidente Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB) e exigiu a presença da maioria absoluta dos parlamentares, ou seja, 41.
Jayme Campos disse que o resultado de 49 a 32 contra Rogério Marinho (PL-RN), já era esperado em função do trabalho que vinha sendo realizado pelos articuladores da eleição de Rodrigo Pacheco. Entre eles, citou o senador Davi Alcolumbre, do seu partido. “No entanto, como se sabe, eleição é eleição, se ganha e se perde no dia”.
O senador do União Brasil de Mato Grosso defendeu a necessidade de o Congresso Nacional apreciar as reformas tributária, administrativa e política, que classificou como sendo “de grande interesse do país”. Também afirmou que o presidente Rodrigo Pacheco deverá se empenhar como sendo “uma missão nobre” no projeto de ajudar na pacificação da sociedade brasileira
“Somente com uma sociedade unida e que será possível construir um Brasil com mais oportunidades e mais justiça social”.
Mesa Diretora
Nesta quinta-feira (02), o Senado volta a se reunir para definir o restante da Mesa, da qual fazem parte também o primeiro e segundo-vice-presidentes e primeiro, segundo, terceiro e quarto-secretários com seus suplentes.
Como um dos mais antigos senadores no exercício do mandato, Campos afirma que não haverá maiores dificuldades para a escolha dos nomes e considera que há espaço para todas as representações partidárias.