EUZIANY TEODORO
DA REDAÇÃO
O atual presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, deputado Max Russi (PSB), avalia que Eduardo Botelho (DEM), atual 1º secretário, já teve sua oportunidade na presidência da Casa. “Ele teve oportunidade por quatro anos de ser presidente. Eu estou no meu primeiro ano e acho que a gente continua”, afirmou.
Botelho foi eleito para seu terceiro mandato como presidente em junho de 2020, enquanto Russi foi eleito para o cargo de 1º secretário, também pela terceira vez.
No entanto, após ação do partido Rede Sustentabilidade, que alegou perpetuação de Botelho no poder, o Supremo Tribunal Federal (STF) suspendeu a posse em fevereiro de 2021 e Max Russi assumiu a Mesa Diretora. Desde então, o clima pesou entre os dois principais deputados da Assembleia.
Na semana passada, o Democratas acionou o STF para que julgue o mérito do processo e devolva o comando do legislativo a Botelho, sob argumento de “dano reverso” aos membros da Mesa Diretora eleitos democraticamente.
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“A gente tem que respeitar qualquer posicionamento. Ele teve oportunidade por quatro anos de ser presidente. Eu estou no meu primeiro ano e acho que a gente continua. Acredito muito que o julgamento aconteça esse ano e vai acontecer o melhor para a Assembleia Legislativa”, afirmou Max Russi, em entrevista à Rádio Capital nesta segunda-feira (17).
Segundo o deputado, a ação do DEM é legítima. “É valido o partido brigar por seus filiados, é uma obrigação, inclusive. Da mesma forma, o PSB entrou como parte da ação. Se por ventura o STF entender que deve fazer essa mudança, eu volto a ser 1º secretário e a gente continua a gestão dentro da casa”, disse.
Evidenciando possível desentendimento, Botelho afirmou, em entrevista recente, que Russi "deve ter cuidado ao usar o cargo de presidente para angariar votos e fazer colégio eleitoral”.
Max respondeu hoje que não vai mudar sua forma de fazer política “só porque se tornou presidente da Assembleia”.
“Tenho um sistema de trabalho, desde que comecei como vereador. Me dedico, sou municipalista, ando muito nos finais de semana, visitando cidades, fazendo reuniões, me encontrando com a população. Não vou mudar esse trabalho só porque virei presidente da Assembleia. Pelo contrário. É minha obrigação”, concluiu.