CAMILLA ZENI
DA REDAÇÃO
Com a abertura da janela partidária no início de março, dando a possibilidade dos políticos migrarem para outros partidos, o governador Mauro Mendes (UB) passou a ser ainda mais pressionado para que anuncie se sairá ou não com um projeto de reeleição. Mauro, no entanto, não demonstra pressa e afirma que não está “amarrado” com ninguém.
Desde 2021, Mauro vem sendo questionado com mais insistência sobre a possibilidade de prolongar sua passagem pelo Governo de Mato Grosso. Ele, no entanto, afirma que ainda vai conversar com a família e fazer análises do cenário com seu grupo político.
De acordo com o governador, as conversas sobre as eleições devem se intensificar a partir de abril, após o fechamento da janela partidária. Contudo, ele lembra que, pelo prazo eleitoral, pode decidir sobre a candidatura até as convenções, em 8 de agosto.
Questionado, nesta sexta-feira (11), se sua demora não prejudica até mesmo aliados, que esperam uma definição para firmarem seus projetos eleitorais, Mauro respondeu: “Cada um faz sua análise política, tem sua estratégia política. Não precisa esperar. Ninguém está amarrado comigo. Todos têm suas autonomias, liberdade, e eu respeito isso também, mas tenho conversado com esses atores”.
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“Nenhuma candidatura depende de mim. Qualquer candidatura depende da vontade do cidadão, dele filiar-se num partido político e ele passar nas convenções. Daí é com Deus e com o povo”, completou.
A fala de Mauro vai de encontro com a declaração do ex-ministro e ex-governador Blairo Maggi (PP), que já garantiu apoio ao deputado federal Neri Geller (PP), que pretende disputar o Senado. Ele afirmou que a candidatura de Neri não depende de Mauro e segue firme.
A posição de Blairo, porém, foi uma reação à aproximação de Mauro com o PL. Na noite de quarta-feira (9), o governador se encontrou com o presidente nacional do partido para discutir conjecturas eleitorais. Na ocasião, Mauro teria oferecido palanque para Jair Bolsonaro (PL) em troca de apoio à reeleição. Dessa forma, ele se afastaria do projeto de Neri, uma vez que o PL tem projeto próprio para o Senado, encabeçado pelo presidente estadual, senador Wellington Fagundes.