22 de Setembro de 2022, 13h:10 - A | A

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Presidente do TRE admite: Assassinato em Confresa cometido por esquizofrênico não foi por política

Caso teve ampla repercussão na mídia nacional, que mostrou o fato como sendo bolsonarista que mata lulista. O site mostrou que o assassino é esquizofrênico e teve internação negada pela Justiça antes do crime; "Mataria até por uma balinha", disse médico

APARECIDO CARMO
DO REPÓRTERMT



O presidente do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE-MT), desembargador Carlos Alberto Alves da Rocha, declarou que não há indícios de que a morte trabalhador rural Benedito Cardoso dos Santos tenha disso causada por razões políticas. Benedito foi morto pelo colega de trabalho Rafael Silva de Oliveira no último dia 7 de setembro em Confresa. O autor do assassinato é esquizofrênico.

Como mostrou o Repórter MT em primeira mão, a família de Rafael já vinha brigando na justiça para internar compulsoriamente e chegou a apresentar laudo médico que dizia que ele apresentava ideal homicida, delírios de perseguição e que precisava ser internado com urgência.

“Está polarizada as coisas da política. Você olha esse caso em Confresa e vê que a briga poderia ter sido até por uma discussão, mas não foi conotação política. Eu estava lendo a denúncia ontem e não consta nada de política”, disse o magistrado em referência à ação apresentada pelo Ministério Público estadual, que denunciou Rafael por homicídio triplamente qualificado, por motivo fútil, meio cruel e que dificultou a defesa. Além disso, o MP solicitou à justiça que a sanidade mental do criminoso seja avaliada. 

 

 “Como é que você vai dizer que aquilo lá é uma briga política? Inclusive, eu andei lendo, me aprofundei um pouquinho mais, até porque é preocupante, se isso começa a ocorrer. (...) Esse cidadão [Rafael] tem problema de esquizofrenia. Dias antes, a família tinha pedido para ele ser internado em uma clínica do Estado”, disse o desembargador. O site RepórterMT mostrou que o assassino tinha desejo de matar, conforme o laudo médico. "Mataria até por uma balinha", disse médico Werley Peres, que assinou o documento pedindo internação. 

Conforme a denúncia protocolada pelo Ministério Público, Rafael Silva de Oliveira agiu “com desejo assassino”, matou por “motivo fútil” e ao constatar que a vítima ainda estava viva, “desferiu-lhe mais um golpe fazendo uso de outra arma branca (machado), revelando brutalidade fora do comum e em contraste com o mais elementar sentimento de piedade”.

 

 Rafael Silva de Oliveira confessou o crime e está preso aguardando julgamento.

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