30 de Maio de 2024, 07h:00 - A | A

Poderes / MORATÓRIA DA SOJA

Presidente da Aprosoja: Empresas atuam como cartel; Mato Grosso pode ter prejuízo de R$ 23 bilhões

Lucas Beber aponta que empresas responsáveis pelo comércio dos grãos estão atuando como "cartel" para atender mercado europeu e causando prejuízo aos produtores brasileiros.

APARECIDO DO CARMO
DO CONEXÃO PODER



O presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT), Lucas Costa Beber, afirmou na tarde desta terça-feira (28), que o Estado pode ter um prejuízo de até R$ 23 milhões com a Moratória da Soja.

"Há estudos que falam que o impacto chega a quase R$ 23 bilhões na economia do Estado, que são causados pela moratória não estimulando produtores em áreas novas que poderiam plantar, respeitando o código florestal", declarou em entrevista durante durante i seminário “O Impacto das Moratórias da Soja e da Carne nas Desigualdades Sociais”, que reuniu mais de mil representantes do agronegócio, produtores rurais e agentes políticos em Cuiabá. 

O acordo foi criado em 2006 quando associações se comprometeram a não comercializar soja proveniente de áreas que tivessem sido desmatadas a partir daquele ano dentro da Amazônia Legal. Entretanto, o Brasil passou a participar do acordo somente em 2008.

 

 Segundo Lucas, empresas responsáveis pelo comércio dos grãos estão atuando como um 'cartel' e causando prejuízo aos produtores brasileiros.

 

"As empresas que são responsáveis por 94% da compra de grãos daqui, de forma parecida com um cartel, não compram dos produtores não dando opção para eles", afirmou.

 

 "Essas empresas estão aliadas para atender o mercado europeu e nós sabemos que elas também têm vantagem econômica sobre isso", pontuou.

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