DAFFINY DELGADO
DO CONEXÃO PODER
O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Eduardo Botelho (União Brasil), avaliou que a possibilidade de “palanque aberto” a vários candidatos ao Senado, que receberiam apoio do governador Mauro Mendes (União), é bom para o gestor, mas ruim para os concorrentes, já que existe apenas uma vaga disponível nas eleições deste ano.
“Acho que é uma possibilidade, já que a segunda consulta que foi feita à justiça eleitoral mostra que é possível ter candidaturas avulsas. Então, se for possível e os candidatos aceitarem, é bom para o governador, é bom pros candidatos a deputado. Mas quem vai definir isso são os candidatos, se eles aceitam isso. É bom para o governador e é bom para os deputados. Só não vejo que seja bom pros candidatos a senador, né”, disse.
Na noite de segunda-feira (11), Mauro se reuniu com dois pré-candidatos ao Senado e outros membros de seu grupo político, para discutir a proposta de ter todos eles ao seu lado no palanque. Estiveram reunidos Wellington Fagundes (PL) e Natasha Slhessarenko (PSB), que são candidatos, Carlos Bezerra (MDB), Max Russi (PSB), o senador Fábio Garcia (União), senador Jayme Campos, o governador Mauro Mendes, o coordenador da campanha Mauro Carvalho, e o ex-senador Cidinho Santos, entre outros representantes. Neri Geller (PP), considerado um dos nomes de peso na disputa, não esteve presente, e deve fechar palanque com o PT, em oposição a Mauro.
Na opinião de Botelho, Mauro está correto em construir um palanque forte para seu projeto à reeleição.
“O Mauro está procurando o lado dele, evidentemente, porque se todo mundo apoiar, é o melhor do mundo pra ele. Ele está procurando o melhor, que é natural na eleição. Ele gostaria que todos apoiassem ele. Então, para, ele é excelente”.
O risco, segundo o deputado, é que os próprios postulantes ao Senado não aceitem essa possibilidade, especialmente Wellington Fagundes (PL), que esperava contar com palanque exclusivo de Mauro, após “costurar” a aliança do governador com o presidente Jair Bolsonaro.
“Eu acho que Wellington ficou só vermelho. Não falou nada”, brincou Botelho.