12 de Janeiro de 2023, 12h:54 - A | A

Poderes / STF MANTEVE AFASTAMENTO

Para Botelho, governador do DF foi principal responsável por ataques em Brasília

O ataque promovido por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), aconteceu no domingo (08).

DAFFINY DELGADO
DO CONEXÃO PODER



O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Eduardo Botelho (União Brasil), defendeu a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que manteve o afastamento do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), após o ataque de vândalos aos três poderes, em Brasília. Para ele, Ibaneis foi o principal responsável por tudo o que aconteceu no último domingo (8).

“Essa foi uma situação de depredação, destruição e de vandalismo. Acredito que foi um caso isolado, de um grupo de pessoas descontentes, a Polícia Militar foi omissa e o governador é, sim, responsável”, declarou o presidente, em entrevista à Rádio Conti.

O ataque foi promovido por pessoas descontentes com a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), presidente do Brasil. O grupo exigia intervenção militar.

 

Durante o ato, milhares de pessoas invadiram as sedes do Palácio do Planalto, do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Congresso Nacional. Vidraças, computadores, TVs, objetos de arte históricos e documentos foram destruídos pelos invasores. Ainda não foi divulgado o cálculo dos estragos causados.

 

Toda a situação foi presenciada pela Polícia Militar do DF, que em nenhum momento interviu para conter a invasão e destruição do patrimônio público. Além disso, segundo a ordem de afastamento, Ibaneis sabia que os manifestantes planejavam o ato horas antes de acontecer.

 

Logo após o ataque, o ministro do STF, Alexandre de Moraes, pediu o afastamento do governador Ibaneis pelo prazo de 90 dias. O pedido foi julgado nesta quarta-feira (11) e, por 9 votos a 2, aprovado pela Corte. 

Para Moraes, “absolutamente nada justifica a omissão e conivência do secretário de Segurança Pública e do governador do Distrito Federal com criminosos que, previamente, anunciaram que praticariam atos violentos contra os Poderes constituídos”.

Botelho defendeu a decisão do ministro e a classificou como a mais “acertada”.

“O ministro tomou a decisão mais acertada: afastar o governador, porque ele é o principal responsável. Quando você nomeia alguém que já vem com o histórico ruim, ele sabia do risco. E quando você assume o risco, você também tem que ser punido. O governador é o principal responsável”, enfatizou.

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