DO CONEXÃO PODER
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), leu nesta quarta-feira (26) o pedido de criação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que vai investigar as invasões aos poderes no dia de 8 de janeiro, em Brasília.
Com a leitura do requerimento na sessão do Congresso, a “CPI mista do 8 de Janeiro” está criada, faltando apenas a publicação do ato no Diário Oficial da União.
A CPI no Congresso, proposta por parlamentares de oposição ao Governo Lula, será constituída por 15 senadores e 15 deputados, com igual número de suplentes. Além disso, o grupo terá mais um integrante de cada Casa representando a Minoria. No total, serão 32 titulares.
Na opinião do deputado federal por Mato Grosso, coronel Assis (PL), a CPI vai "descortinar a verdade sobre os atos de 8 de janeiro", especialmente após imagens divulgadas na semana passada, onde o então ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência, general Gonçalves Dias, aparece dentro do Palácio no dia das invasões, interagindo com os vândalos e, inclusive, dando água a eles.
"Isso trouxe a certeza de que nós precisamos da CPMI do 8 de janeiro, para ter um descortinamento do que realmente aconteceu”, afirmou Assis, ao RepórterMT.
No dia 8 de janeiro, vândalos invadiram os prédios do Congresso, do Palácio do Planalto e do Supremo Tribunal Federal (STF) e destruíram móveis, equipamentos de trabalho e vidraças, além de danificar diversas obras de arte.
Desde então, vários dos criminosos foram presos, denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e até já se tornaram réus.
Leitura do requerimento
A leitura do requerimento aconteceu em sessão do Congresso Nacional, da qual participaram deputados e senadores. O pedido de criação é de autoria do deputado André Fernandes (PL-CE).
Inicialmente, o governo Lula se manifestava publicamente contra a criação da CPI. O discurso mudou depois que o general Gonçalves Dias foi demitido do cargo de ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência, devido às imagens divulgadas na semana passada.
Com a repercussão do caso, o governo viu que não conseguiria mais barrar a criação da CPI mista.
A CPI pode aprovar a quebra de sigilos de investigados e pedir, ao final dos trabalhos, o indiciamento desses investigados. (Com informações do G1)