EUZIANY TEODORO
APARECIDO DO CARMO
O ministro da Educação, Camilo Santana, esteve nessa quinta-feira (25) em Cuiabá e se reuniu com o governador Mauro Mendes (União). Em conversa com jornalistas, o ministro prometeu parceria com o Estado para destravar obras paradas nos municípios, mas descartou que o governo federal faça qualquer investimento em escolas militares, que é uma das pautas em andamento em Mato Grosso.
“Essa não é uma estratégia do Ministério. As evidências mostraram que não é esse o ensino que tem trazido resultados para a educação no Brasil. Vou dar o exemplo do meu estado: das 100 melhores escolas do Brasil, 87 são do Ceará, e não são militares. É claro que os estados e municípios têm autonomia para tomar sua decisão, mas nós vamos apostar no modelo que tem dado certo. Não vamos ‘inventar a roda’”, afirmou.
Mato Grosso tem investido no modelo militar para as escolas. Em janeiro deste ano, 26 unidades já haviam sido inauguradas e audiências públicas em outras unidades estão sendo realizadas, para ouvir a população sobre a possibilidade de mudança no modelo de ensino.
No Ensino Médio, quatro escolas militares foram destaque entre as 10 escolas da rede estadual mais bem avaliadas pelo Ideb, em Mato Grosso, no ano de 2022, o que pode ser um indicativo do caminho certo.
No entanto, para o ministro, o apoio do governo federal está fora de questão nesse sentido. Ainda assim, ele destacou que estados e municípios têm autonomia para decidir.
“Não existe comprovação nenhuma de resultado em relação às escolas militares, até porque não deu nem tempo. São 200 e poucas escolas militares em relação a 138 mil escolas de ensino básico no Brasil. Então, os resultados de qualidade de educação mostraram que são com outras medidas, que estamos estimulando e vamos focar nisso. Mas, repito, caberá a cada estado e município tomar essa decisão, pois têm autonomia para isso”, concluiu.
