CAMILA ZENNI
DA REDAÇÃO
O governador Mauro Mendes (União Brasil) voltou a criticar a postura da Petrobras e do Governo Federal em relação aos sucessivos reajustes de preços que impactam no bolso dos consumidores. Na última semana, o aumento anunciado nos combustíveis foi de 19% na gasolina e 25% no diesel.
Questionado, durante entrevista à rádio Capital FM, na manhã desta terça-feira (15), Mauro afirmou que, se fosse presidente da República, cortaria parte dos lucros da Petrobras para evitar que os aumentos nos preços recaiam sobre as costas dos brasileiros.
“A Petrobras teve, ano passado, o maior lucro da sua história, passando esses preços. Agora, eu pergunto: o petróleo da Petrobras é tudo importado? Ela compra tudo no Oriente Médio? Não! Grande parte do petróleo é do Brasil. Então, podia ter um lucro um pouco menor. Se eu fosse presidente, ia cortar parte desse lucro”, afirmou.
“O governo federal é dono de 40%. O presidente da Petrobras, quem escolhe é o presidente da República, porque ela é uma empresa de economia mista. É o presidente quem nomeia os diretores. Então, acho que a Petrobras, no meu ponto de vista, tinha que dar uma contribuição e reduzir uma parte do seu lucro para aliviar o bolso do cidadão, as costas do brasileiro e dos mato-grossenses”, completou.
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A fala do governador se deu após lembrar que, em 2021, Bolsonaro causou grande atrito ao afirmar que a culpa do aumento no preço dos combustíveis era dos governos estaduais, em razão das alíquotas de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).
Na época, o Fórum de Governadores reagiu com nota de repúdio e, em novembro, conseguiu aprovar no Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) um congelamento do preço médio usado para a base de cálculo do ICMS, que foi prorrogado no mês de fevereiro.
Contudo, Mauro lembrou, mesmo com o congelamento, os preços não pararam de subir. “De novembro para cá subiu 15% o valor da gasolina, ou seja, culpa de quem? Petrobras”, afirmou.
Nesta semana, o Congresso Nacional aprovou - e Bolsonaro sancionou - uma lei que pretende colocar um ICMS único para os combustíveis, eliminando a cobrança em efeito cascata. Isso porque, antes, a cada etapa da cadeia produtiva dos combustíveis era cobrado o ICMS. Agora, essa taxação será feita uma única vez.
A expectativa é que a mudança ajude a controlar o preço cobrado. No entanto, os governadores já anunciaram que vão acionar o Supremo Tribunal Federal contra a manobra.
Edino de Arruda Taques 15/03/2022
Carambolas; é só blá blá ; até agora nao vimos nada de concreto!! Chegam de conversa fiada; vamos agir; pelo AMOR DE DEUS!!
1 comentários