02 de Abril de 2022, 08h:27 - A | A

Poderes / “CONFIO NA PM”

Mauro evita criticar operação que prendeu PMs, mas cita currículo de ‘meliantes’ mortos

Os 24 bandidos mortos em operações somam mais de 200 passagens criminais pela polícia

EUZIANY TEODORO
DAFINNY DELGADO



O governador Mauro Mendes (União Mendes) evitou criticar a Operação Simulacrum, deflagrada na quinta-feira (31) pela Polícia Civil, com apoio do Ministério Público do Estado (MPMT), mas citou o “currículo dos meliantes mortos” em confrontos com a Polícia Militar, que somam mais de 200 passagens pela polícia, desde homicídios a estupros.

“Hoje eu vi na imprensa o currículo dos meliantes que supostamente foram vítimas dessas operações. Então, eu continuo acreditando nos nossos policiais militares e nas nossas forças de segurança”, afirmou o governador, nessa sexta-feira (1º), durante entrega de novas viaturas para as corporações.

As investigações da Polícia Civil apontam que, entre os anos de 2017 e 2020, seis operações policiais teriam sido forjadas, causando a morte de 24 criminosos, com o objetivo de elevar o status de três batalhões: Batalhão da Ronda Ostensiva Tática Móvel (Rotam), Batalhão de Operações Especiais (Bope) e Força Tática do 1º Comando Regional.

No total, foram expedidos 81 mandados de prisão e pelo menos 60 policiais militares já estão presos.

Para o governador, os fastos deverão ser esclarecidos. “Eu não conheço os detalhes da investigação e nem da operação, mas eu conheço muito bem a Polícia Militar do estado de Mato Grosso. Confio na PM, confio nas nossas forças de segurança e tenho certeza que tudo haverá de ser esclarecido”, disse.

“Currículo dos meliantes”

Como o Repórter MT divulgou, os 24 criminosos que foram mortos por policiais militares na Grande Cuiabá, entre os anos de 2017 e 2020, em confrontos supostamente forjados, possuíam extensa ficha criminal. São mais de 200 passagens pela polícia, incluindo estupros e homicídios. 

Ao todo, foram seis confrontos registrados, que estão sendo investigados na operação. Um dos casos apurados aconteceu no dia 29 de julho de 2020, nos fundos do condomínio Residencial Belvedere 2, no bairro Itamaraty, em Cuiabá.

Na ocasião, policiais do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) trocaram tiros com um grupo de supostos assaltantes, onde seis pessoas morreram, entre elas um soldado da PM e o filho de um militar.

Somente dos envolvidos nesse caso, a reportagem apurou que os bandidos tinham passagens por diversos crimes, sendo eles: estupro, homicídio, roubo, furto, tráfico de drogas, ameaça, formação de quadrilha, porte ilegal de arma de fogo, injúria, lesão corporal, direção perigosa, receptação, desacato, uso ilícito de drogas, corrupção ativa, desobediência e resistência.

 

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