DAFFINY DELGADO
DA REDAÇÃO
O governador Mauro Mendes (DEM) descartou o risco de conflito armado entre policiais penais e policiais civis, conforme alertou a Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MT).
Em Mato Grosso, os policiais penais estão em greve desde 16 de dezembro, reivindicando equiparação salarial com outras forças da segurança pública. A greve é ilegal e pode resultar em prisão se serviços não foram cumpridos, o que gera tensão.
Entretanto, governo e sindicalistas entraram em uma queda de braço, uma vez que o Estado já afirmou que não vai negociar com grevistas e o sindicato não pretende se desmobilizar até que haja negociação.
Leia mais sobre o assunto
OAB vê risco alto de conflito armado e tenta negociar trégua entre policiais penais e governo
Na segunda-feira (27), integrantes da OAB se reuniram com a categoria e afirmaram que vão intermediar as negociações. Na oportunidade, o presidente da Comissão, advogado Flávio Ferreira, pediu bom senso das lideranças do movimento pelo risco de confronto entre os policiais.
Ao ser questionado sobre o assunto na manhã desta terça-feira (28), Mauro disse não ter conhecimento sobre a existência desse risco no Estado. "Respeito a opinião da OAB, mas não tem nenhum dado que me leve a refletir sobre isso", declarou.
A Justiça de Mato Grosso já decretou a ilegalidade da greve, estipulou multas, mas nenhuma das ordens judiciais foi respeitada. Em Portaria publicada no Diário Oficial do Estado nesta terça-feira, o delegado-geral da Polícia Judiciária Civil, Gianmarco Paccola Capoani, autoriza que a Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) investigue os servidores integrantes do Sindicato dos Servidores Penitenciários de Mato Grosso (Sindspen-MT), pelo descumprimento das decisões.