FERNANDA ESCOUTO
DO CONEXÃO PODER
O governador Mauro Mendes (União) acredita que o texto-base da Reforma Tributária, aprovado às pressas pela Câmara Federal na noite dessa quinta-feira (6), ainda deve passar por alterações importantes no Senado Federal e que alguns pontos, como o fim dos incentivos fiscais Prodeic e Fethab, sejam debatidos com mais tranquilidade, evitando prejuízos aos estados.
“Precisaria sim de mais discussão, mas é um projeto de lei que passou pela sua primeira fase. Agora vamos à próxima etapa, que é no Senado Federal, e eu tenho a absoluta convicção que lá o texto poderá ser debatido com mais tranquilidade, serenidade e acima de tudo com mais profundidade”, disse nesta sexta-feira (7), durante entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan.
"A competitividade da pequena e média indústria, isso é muito importante principalmente nas regiões Centro-Oeste, Norte, Nordeste, mas é uma boa discussão que nós poderemos ter lá no Senado, garantir que a pequena e média indústria não sofra com os fins dos incentivos fiscais”, destacou.
Antes da aprovação, a proposta passou por algumas alterações, entretanto, Mauro destaca que o texto ainda não é o ideal.
“Não é um texto perfeito e talvez não venha ser, mas acredito que já aponta para um caminho que possa ser melhor lá na frente. Eu acredito que o Senado faça essa profunda discussão e não se permita aumentar a carga tributária para o cidadão brasileiro”, pontuou.
Ainda durante a entrevista, o chefe do Executvo voltou a criticar a pressa dos deputados federais em aprovar a Reforma Tributária, pois o texto-base foi apresentado na Casa no final de junho.
“Conceitualmente todos nós brasileiros sabemos que esse tema é importante. É preciso mudar esse sistema tributário do nosso país, porém nós precisamos conhecer o texto [...] que foi um pouco apressado não tem como dizer que não, sabe aquele tema difícil que você quer se ver livre logo? Então é preciso tirar lições positivas disso. A primeira lição é que está claro para mim e para todos os brasileiros que quando a Câmara, Congresso Nacional querem voltar alguma coisa, eles dão um jeito e votam”, concluiu.