APARECIDO CARMO
DO CONEXÃO PODER
A interventora do Governo do Estado na Secretaria Municipal de Saúde de Cuiabá, Danielle Carmona, apresentou, nesta quarta-feira (27), um balanço das atividades desempenhadas à frente da pasta nos últimos dez meses. Conforme a interventora, 70 toneladas de medicamentos precisaram ser descartadas por causa da má gestão municipal no Centro de Distribuição de Medicamentos e Insumos de Cuiabá (CDMIC).
“Nós realizamos o inventário, foi pedido do próprio Ministério Público e para que pudéssemos realizar novas aquisições e garantir os medicamentos à população foram encontrados mais de 900 mil itens, e eles nem estavam registrados no sistema”, explicou.
“Então qual que era o problema disso? Poderia ter o medicamento lá no centro de distribuição CDMIC, mas quando a unidade solicitava o medicamento via sistema, como não constava ou constava com o estoque zerado, a informação que voltava para as unidades era que não tinha os medicamentos. Isso é um dos motivos que ocasionou a perda de medicamentos com vencimento”, acrescentou.
Segundo a interventora, após a realização do inventário, foi contatado que 70 toneladas de produtos básicos para as unidades de saúde não tinham mais serventia e precisaram ser descartados.
“São medicamentos básicos, medicamentos que faltaram por muito tempo nas unidades de saúde”, explicou.
Por decisão judicial, a intervenção na Saúde de Cuiabá vai até o próximo domingo (31), quando termina o prazo imposto pelo Tribunal de Justiça para que o Governo do Estado fizesse as alterações necessárias para assegurar a efetividade no sistema público de saúde da Capital.
A partir daí, o prefeito Emanuel Pinheiro reassume a pasta, mas ele será obrigado a cumprir as determinações de um Termo de Ajustamento de Conduta que foi homologado pela Justiça. Se descumprir, a intervenção pode ser retomada a qualquer momento.