MÁRCIA MATOS
DO CONEXÃO PODER
Na sabatina do Jornal Nacional na noite de quinta-feira (25), Lula (PT) declarou que o Movimento Sem Terra (MST) fazia um favor ao invadir terras e ainda atacou quem é do agronegócio e está contra ele. O petista os chamou de fascistas e genocidas. Para mostrar que tem o apoio do ‘agro bom’ ele citou Blairo Maggi (PP). (Assista abaixo)
As declarações de Lula ocorreram quando foi questionado se considera que parte do agronegócio não o apoia devido à relação do partido dele com o MST. Ele saiu em defesa dos invasores.
“O sem terra invadia terras improdutivas, quem fiscalizava a terra era o Incra e quem pagava era o governo. Tinha hora que eu falava: o sem terra acho que está fazendo favor pros fazendeiros, porque está invadindo a terra para o governo pagar”, defendeu.
No JN Lula ainda disse que os produtores que defendem o meio ambiente são aqueles que exportam para a China, e que ele chamou de “agronegócio sério”, já a parcela que ele chamou de fascista, direitista e genocida, ele afirmou que faz oposição à preservação.
“O Bolsonaro está ganhando alguns fazendeiros porque está liberando arma. Tem gente que acha que é bom ter arma em casa e que é bom a matar alguém”, disparou.
Indicando que tem o apoio dos barões do agronegócio, o petista citou Blairo Maggi, maior produtor de soja do país. Ele fez uma analogia de que Blairo pode comprar galinha caipira do pequeno produtor e portanto pequenos e grandes produtores têm que conviver em paz, como se houvesse alguma discordância entre eles além da rejeição política a ele.
Em Mato Grosso e no Brasil todo não é segredo para ninguém que Blairo apoia Lula e nesse apoio consta ainda a participação do senador Carlos Fávaro (PSD), que coordena a campanha de Lula no Estado, e de Neri Geller (PP), candidato ao Senado, que têm a missão de tentar conquistar apoio de representantes do agro que não sejam barões. A tarefa deve ficar mais dura após as declarações de Lula em defesa do MST.