APARECIDO DO CARMO
DO CONEXÃO PODER
O secretário-chefe da Casa Civil de Mato Grosso, Fábio Garcia (União), fez coro às críticas do governador Mauro Mendes (União) contra os países estrangeiros, em especial os da União Europeia, que querem impor restrições ao Brasil por conta do desmatamento da Amazônia. Garcia lembrou que a legislação atual do Brasil é a mais restritiva do mundo e mesmo assim permite desmatamento de parte de propriedades nos biomas Amazônia e Cerrado.
“Aqui no nosso país e no estado do Mato Grosso, se você tem uma propriedade do bioma amazônico, por exemplo, a lei obriga você preservar gratuitamente 80% daquela sua propriedade. Se você tá no Cerrado, você preserva gratuitamente 30% da sua propriedade”, disse.
Para Garcia é preciso que os países estrangeiros respeitem a legislação brasileira e não tentem impor sua própria agenda ambiental. O secretário disse ainda que esses mesmos países não se mostram dispostos a pagar pelo serviço ambiental que o Brasil presta ao mundo.
“Então, nós já temos a legislação ambiental mais restritiva do mundo e existem organismos internacionais que querem vir aqui e impor a nós regras que não são as nossas leis, algo ainda mais restritivo inclusive que a nossa lei, enquanto nos seus países não tem ninguém lá reflorestando, não tem ninguém reflorescendo o que já foi desmatado e nem disposto a pagar pelo serviço de ambiental que o Brasil presta ao mundo”, afirmou.
Por fim, Garcia cobrou que o Brasil seja remunerado pela preservação dos seus biomas nativos e defendeu que a legislação brasileira é o suficiente para assegurar a preservação ambiental.
“Toda vez que a gente fala em um país colocar a mão no bolso de forma firme para poder remunerar o serviço ambiental que o Brasil presta ao mundo, não se apresentam, né? Portanto, o país precisa cumprir a sua legislação? Precisa. Ela é muito restritiva, mas nada além da legislação que a gente já tem”, concluiu.