CAMILLA ZENI
DA REDAÇÃO
A Polícia Federal apontou que a empresa Ventura Prestadora de Serviços Médicos Hospitalares Ltda, de propriedade do empresário Liandro Ventura da Silva, que se encontra foragido, pagou despesas pessoais do ex-secretário de Saúde de Cuiabá, Célio Rodrigues.
A informação consta na decisão da 5ª Vara Federal de Mato Grosso, que nessa quinta-feira (28) autorizou mandados de prisão preventiva, busca e apreensão e sequestro de bens contra 21 alvos, no âmbito da Operação Cupincha. Entre os presos está o ex-chefe da Saúde da Capital.
Conforme a PF, a descoberta sobre o pagamento feito pela empresa foi feita por meio de apuração no celular que foi apreendido com Célio Rodrigues na Operação Curare, deflagrada em 30 de julho como primeira fase das investigações.
Consta que a Ventura Prestadora de Serviços Médicos e Hospitalares pagou a taxa de condomínio de um imóvel residencial, despesas com uma lancha na Marina Morro do Chapéu, no lago do Manso, em Chapada dos Guimarães (70 km de Cuiabá).
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A PF ainda apontou pagamentos de IPTU e até de um contrato de compra e venda de imóvel firmado com Marcelo Pereira da Silva, que foi pago entre julho e agosto de 2020.
Marcelo, por sua vez, é proprietário da Smallmed Serviços Médicos e Hospitalares Eireli, que já tinha sido alvo da primeira fase das investigações e, mais uma vez, voltou a estar na mira da PF.
A Polícia Federal ainda apontou que a empresa de Liandro teria sido subcontratada pela Ultramed Serviços Médicos e Hospitalares, para prestar serviços nos hospitais municipais da Capital. A Ultramed foi uma das empresas alvos da primeira fase da operação, denominada Curare, deflagrada em julho deste ano.
Operação Cupincha
A operação é um desdobramento da Curare, deflagrada em julho de 2021 para apurar esquema de fraude na Secretaria de Saúde de Cuiabá. Na época houve o afastamento judicial de Célio Rodrigues do cargo de secretário municipal de Saúde. Ele foi preso nesta segunda fase.
Conforme a PF, o grupo criminosos formado com diversas empresas do setor hospitalar teria recebido mais de R$ 100 milhões dos cofres municipais.
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