JOÃO AGUIAR
DO REPÓRTERMT
No domingo (02) a Arábia Saudita e outros países produtores de petróleo. da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep+), anunciaram que vão cortar a produção em cerca de 1 milhão de barris por dia. A redução começa em maio e deve ir até o fim do ano. RepórterMT conversou com o Economista Vivaldo Lopes avaliou que sob comando de Lula, Petrobras não deve acompanhar mercado internacional nos preços dos combustíveis. , que explicou o motivo da medida.
“O corte é pra causar aumento no preço do barril do petróleo. Vai aumentar. O petróleo hoje está em cerca de 70 dólares o barril e deve aumentar até chegar a 100 dólares o preço no mercado internacional”. Vivaldo classificou a medida como crueldade comercial.
“Internacionalmente é uma crueldade comercial, uma perversidade dos países reduzirem a produção justamente num momento em que o mundo está precisando do petróleo, visto que a Rússia está com problemas de produzir e entregar”, afirmou.
“Tem objetivo unicamente comercial, porque a Opep+ é um cartel que só tem compromisso com o bolso dos próprios países e o resto do mundo que se dane”, salientou.
O economista avaliou que o preço interno dos combustíveis não deve aumentar, já que uma das medidas mais criticadas do governo Bolsonaro (PL) por Lula (PT) e seus aliados, era quando a Petrobras seguia os preços internacionais. Com a mudança de comando, o Brasil não deve ser afetado, pelo menos não por enquanto.
“A Petrobras fez isso ao longo do governo Bolsonaro e o presidente Lula e o PT atacaram muito forte. O atual governo fez uma campanha dizendo que não iam reproduzir essa – segundo o próprio presidente, perversa política contra o consumidor brasileiro e contra os interesses nacionais”, explicou.
“Partindo desse pressuposto, e de que a Petrobras está no comando do atual governo, eu trabalho com a hipótese de que a Petrobras não vai imediatamente aumentar o preço dos combustíveis. Deve esperar no mínimo 45 a 60 dias, para ver a repercussão disso nos custos operacionais da empresa”, completou.
Ainda para o economista, mesmo ‘congelando’ os preços no mercado nacional, a Petrobras deve lucrar com as vendas internacionais.
“A Petrobras não compra petróleo no mercado internacional, ela vende. Ela vai ganhar, vai aumentar os lucros. Se hoje ela está vendendo o barril a 78 dólares e por exemplo ele passar para 80, 90 ou 100 dólares, a Petrobras vai aumentar seu lucro”, avaliou.