07 de Abril de 2023, 08h:02 - A | A

Poderes / PREÇO DOS COMBUSTÍVEIS

Economista: Corte na produção de petróleo é uma crueldade, mas Brasil não deve ser afetado

Economista Vivaldo Lopes avaliou que sob comando de Lula, Petrobras não deve acompanhar mercado internacional nos preços dos combustíveis.

JOÃO AGUIAR
DO REPÓRTERMT



No domingo (02) a Arábia Saudita e outros países produtores de petróleo. da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep+), anunciaram que vão cortar a produção em cerca de 1 milhão de barris por dia. A redução começa em maio e deve ir até o fim do ano.  RepórterMT conversou com o Economista Vivaldo Lopes avaliou que sob comando de Lula, Petrobras não deve acompanhar mercado internacional nos preços dos combustíveis. , que explicou o motivo da medida.

“O corte é pra causar aumento no preço do barril do petróleo. Vai aumentar. O petróleo hoje está em cerca de 70 dólares o barril e deve aumentar até chegar a 100 dólares o preço no mercado internacional”. Vivaldo classificou a medida como crueldade comercial.

“Internacionalmente é uma crueldade comercial, uma perversidade dos países reduzirem a produção justamente num momento em que o mundo está precisando do petróleo, visto que a Rússia está com problemas de produzir e entregar”, afirmou.

“Tem objetivo unicamente comercial, porque a Opep+ é um cartel que só tem compromisso com o bolso dos próprios países e o resto do mundo que se dane”, salientou.

O economista avaliou que o preço interno dos combustíveis não deve aumentar, já que uma das medidas mais criticadas do governo Bolsonaro (PL) por Lula (PT) e seus aliados, era quando a Petrobras seguia os preços internacionais. Com a mudança de comando, o Brasil não deve ser afetado, pelo menos não por enquanto.

“A Petrobras fez isso ao longo do governo Bolsonaro e o presidente Lula e o PT atacaram muito forte. O atual governo fez uma campanha dizendo que não iam reproduzir essa – segundo o próprio presidente, perversa política contra o consumidor brasileiro e contra os interesses nacionais”, explicou.

“Partindo desse pressuposto, e de que a Petrobras está no comando do atual governo, eu trabalho com a hipótese de que a Petrobras não vai imediatamente aumentar o preço dos combustíveis. Deve esperar no mínimo 45 a 60 dias, para ver a repercussão disso nos custos operacionais da empresa”, completou.

Ainda para o economista, mesmo ‘congelando’ os preços no mercado nacional, a Petrobras deve lucrar com as vendas internacionais.

“A Petrobras não compra petróleo no mercado internacional, ela vende. Ela vai ganhar, vai aumentar os lucros. Se hoje ela está vendendo o barril a 78 dólares e por exemplo ele passar para 80, 90 ou 100 dólares, a Petrobras vai aumentar seu lucro”, avaliou.  

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