APARECIDO CARMO
DO CONEXÃO PODER
O vereador Dilemário Alencar (Podemos) disse nesta quinta-feira (14), ao RepórterMT, que Edna Sampaio (PT) quer se tornar uma “marajá” às custas da Câmara de Cuiabá. A declaração vem após a petista pedir para receber na integralidade o salário de vereadora. Com isso, o salário dela pode passar dos R$ 100 mil.
Edna é servidora pública estadual e recebe R$ 42.961,93 por um cargo na Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag). Além disso, recebe R$ 16.587,97 por ser professora da Universidade de Mato Grosso (Unemat). Com a combinação de proventos, ela receberia cerca de R$ 105 mil dos cofres públicos.
“Ela já recebe mensalmente da Câmara verba indenizatória no valor de R$ 19,2 mil, verba de auxilio saúde no valor de R$ 2,2 mil e gratificação de desempenho no valor R$ 6,4 mil. Agora, ela quer receber mais um salário para acumular com os dois salários que já recebe do estado”, explicou o vereador Dilemário.
“Esse pedido é imoral. Caso a Câmara atenda o pedido da vereadora, ela poderá ser a maior marajá de Cuiabá e de Mato Grosso”, acrescentou.
A justificativa da vereadora é que ela tem férias acumuladas e licenças-prêmio vencidas em ambos os cargos do funcionalismo público estadual e, oficialmente afastada, pode receber, segundo a lei, a integralidade do salário de vereadora.
“Na minha opinião, a Edna, ao invés de requerer um terceiro salário, deveria colocar a mão na consciência e devolver os R$ 20 mil da verba indenizatória que ela se apropriou indevidamente da sua ex-chefe de gabinete, que foi demitida por ela grávida”, pontuou Dilemário.
"É um tapa na cara da sociedade. Veja: a vereadora Edna acabou de ser cassada por sérias acusações de ter se apropriado de verba indenizatória da sua ex-chefe de gabinete. Será que nem essa cassação serviu para dar bom senso à vereadora Edna?", acrescentou (veja vídeo abaixo).
Em 2013, quando Edna Sampaio assumiu o cargo de vereadora, ela optou por não receber o salário da Câmara, visto que já recebia dois salários no governo de Mato Grosso, que juntos somavam R$ 43,5 mil, acima dos proventos no legislativo. Agora, ela quer receber tudo.