APARECIDO CARMO
DO REPÓRTERMT
Em conversa com jornalistas, o deputado estadual Diego Guimarães (Republicanos) disse que o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), age como advogado das empresas que deveriam ter entregue o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) para a Copa do Mundo de 2014, mas que, além de não entregar a obra, deixaram um prejuízo de R$ 1 bilhão para o Estado.
“O Emanuel Pinheiro trabalha como advogado das empresas que surrupiaram, que roubaram do estado de Mato Grosso mais de R$ 1 bilhão e não entregaram esse modal que seria tão importante para a mobilidade urbana de Cuiabá e Várzea Grande”, disse.
Em um tom duro, o parlamentar disse que o interesse do prefeito no VLT vem de antes de assumir a prefeitura. Disse que, quando era deputado Emanuel recebia propina do então governador Silval Barbosa para não fiscalizar as obras do modal.
“O Emanuel Pinheiro, o interesse dele pelo VLT, para mim, não é de hoje. O interesse dele vem desde quando ele estava como deputado estadual e então recebia propina do Governo do Estado, do então governador Silval Barbosa, para não fiscalizar as obras do VLT. Certamente ele ainda tem alguma ligação com a turma que a época tentou implantar o VLT na nossa cidade, que consumiu mais de R$ 1 bilhão do Governo do Estado e não entregou nada”, afirmou.
Segundo Diego Guimarães, o prefeito da Capital age movido por interesses escusos, ao invés de defender a população da cidade. “É o mesmo Emanuel Pinheiro que enquanto deputado estadual recebeu propina das mãos de Silvio Correa”, disse.
Para o parlamentar, a questão do modal a ser adotado nas duas principais cidades do Estado já foi resolvida quando, no ano passado, a Sinfra apresentou um estudo técnico apontando que não havia outra alternativa senão reconhecer o fracasso do projeto do VLT e a necessidade de adotar, em seu lugar, o BRT.
Como mostrou o RepórterMT, no dia 2 de março o juiz Márcio Aparecido Guedes, da 2ª Vara Especializada da Fazenda Pública, deu cinco dias para que Emanuel Pinheiro analise os documentos referentes ao processo de implantação do BRT e autorize o início das obras do modal na capital.
A decisão judicial ocorre após Emanuel não cumprir os prazos estipulados pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) para apresentar a conclusão da análise do processo relativo a liberação da instalação do BRT e autorização para demolição dos trilhos na Avenida Fernando Correa da Costa. O prazo dado pelo TCE encerrou em fevereiro.