APARECIDO CARMO
DO CONEXÃO PODER
A desembargadora Graciema Ribeiro de Caravellas se aposentou oficialmente nesta quarta-feira (10), véspera do seu aniversário de 75 anos, após menos de três meses desde a posse no cargo, pelo critério de antiguidade, no Tribunal de Justiça de Mato Grosso. Ela tomou posse no dia 27 de outubro, de forma mais do que célere, para ter a oportunidade de integrar a Corte antes de aposentar.
O ato que concedeu a aposentadoria à magistrada foi publicado na segunda-feira (08), no Diário da Justiça, com efeito a partir desta quarta-feira (10). Segundo o documento, ela receberá “proventos integrais e paridade plena”, conforme estabelece a lei. Atualmente, o salário de um desembargador do TJ é de R$ 39,7 mil.
Durante a cerimônia de posse, Graciema Caravellas classificou o ato como “reparação à injustiça" sofrida há 13 anos, quando foi aposentada compulsoriamente por suposto desvio de verbas do Judiciário, no chamado "Escândalo da Maçonaria".
"Meu nome, que nunca havia sofrido qualquer nódoa, nem por simples reclamação funcional, foi repentinamente jogado ao vento. (...) Infelizmente, julgada antes por parte da mídia que deturpava os fatos, acabei também injustamente julgada pelo CNJ e aposentada compulsoriamente em 2010, em processo administrativo instaurado", disse.
Em sua última sessão como desembargadora, em 19 de dezembro, ela foi homenageada pelos pares e pela presidente da Corte, desembargadora Clarice Claudino.
“À desembargadora Graciema Ribeiro de Caravellas, agradeço pelos bons préstimos doados ao Poder Judiciário de Mato Grosso ao longo de 37 anos de magistratura. Aqui, a senhora sempre será uma dos nossos membros, pois temos desembargadores e desembargadoras que passaram para a inatividade e continuam fazendo parte dessa grande família, que ora a acolhe com todo o coração. Estimo os mais sinceros sentimentos de alegria, felicidade e saúde em sua trajetória de aposentadoria”, disse a presidente.