04 de Junho de 2023, 08h:00 - A | A

Poderes / ALVO DO CONSELHO DE ÉTICA

Denunciado por pisar no pé de deputado petista, Medeiros ironiza: "Vai ter que prender todo mundo no metrô de SP"

Parlamentar afirmou que estratégia da esquerda está sendo a politização e judicialização de tudo.

APARECIDO CARMO
DO CONEXÃO PODER



Após pedido do Partido dos Trabalhadores (PT), o deputado federal José Medeiros (PL) vai responder por um processo no Conselho de Ética da Câmara Federal por suposta quebra de decoro parlamentar. O parlamentar é um dos principais nomes da oposição ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva.

Conforme o partido, Medeiros teria dado um pisão no pé do deputado Miguel Ângelo (PT-MG), durante a sessão plenária da Câmara Federal no último dia 8 de março. Nesta sexta-feira (02), o parlamentar ironizou a denúncia, admitindo que o pisão foi sem querer, já que a Câmara é um lugar bastante apertado.

“Eu realmente pisei no pé do deputado, mas ali é um aperto terrível; se for punir gente por pisar inadvertidamente no pé dos outros vai ter que prender todo mundo no metrô de São Paulo. E ali é bem aberto, tem 400 e poucas cadeiras pra 513 deputados. Eu pedi desculpas pelo pisão até, mas eles resolveram politizar. Faz parte do jogo, vamos responder isso aí”, explica.

 

 

Para o deputado, a estratégia da esquerda está sendo a politização e judicialização de tudo. “Parece que virou praxe, toda legislatura, assim que abre o Conselho de Ética, parece que o PT faz um jeito de me colocar lá. Dessa vez começaram falando que eu tinha pisado no pé de um deputado, agora mudaram a narrativa - como diz o Lula, de que eu estava intimidando a Gleise [Hoffman], na verdade não é nenhuma coisa nem outra”, salienta.

 

 “Nós temos tido quase uma estratégia dos partidos de esquerda de politizar ou judicializar tudo em relação aos adversários”, completa.

Processo no Conselho de Ética

Na última terça-feira (30), o Conselho de Ética da Câmara acatou pedido do Partido dos Trabalhadores (PT) e instaurou processo para apurar suposta quebra de decoro parlamentar do deputado José Medeiros (PL-MT).

O processo vem uma semana após o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) cassar o mandato do deputado federal Deltan Dallagnol (Podemos-PR). A candidatura do ex-chefe da “Lava Jato” foi contestada pelo Partido da Mobilização Nacional (PMN) e pela Federação Brasil da Esperança, formada pelo Partido dos Trabalhadores (PT), pelo Partido Comunista do Brasil (PCdoB) e pelo Partido Verde (PV).

Além de Medeiros, o Conselho de Ética também instaurou processos contra os deputados Eduardo Bolsonaro (PL-RJ), Nikolas Ferreira (PL-MG), Carla Zambelli (PL-SP), Márcio Jessy (PCdoB-MA), Juliana Cardoso (PT-SP) e Talíria Petrone (PSOL-RJ).

No caso de Medeiros, o PT pede que o deputado seja penalizado em função de uma discussão com Gleise Hoffmann (PT-PR) e Miguel Ângelo (PT-MG), durante a sessão plenária da Câmara Federal no último dia 8 de março.

Na ocasião, o parlamentar mato-grossense questionou o uso indevido do direito de fala em plenário da deputada Gleise, que é presidente nacional do PT, e foi abordado por Miguel Ângelo, que o acusou de agressão.

Na mesma sessão, Medeiros usou a tribuna para esclarecer os fatos e ressaltou que, apesar das diferenças ideológicas, jamais iria agredir um adversário político. Lista tríplice para julgar o caso: Albuquerque (Republicanos-RR), Ricardo Ayres (Republicanos-TO) e Gutembergue Reis (MDB-RJ).

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