19 de Outubro de 2023, 09h:45 - A | A

Poderes / 61 NOMES

CPI do 8 de Janeiro aprova relatório que pede indiciamento de Bolsonaro e 4 de Mato Grosso

Órgãos de controle terão trinta dias para se manifestar sobre o relatório.

APARECIDO DO CARMO
DO CONEXÃO PODER



A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro aprovou, nesta quarta-feira (18), por 20 votos a 11, o relatório final apresentado pela senadora Eliziane Gama (PSD-MA), que pediu o indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e dos mato-grossenses Antônio Galvan, Humberto Falcão, Lucas Costa Beber, e Alan Diego dos Santos Rodrigues. Ao todo, o documento pede o indiciamento de 61 pessoas, entre civis e militares.

No dia 8 de Janeiro deste ano, manifestantes revoltados com a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para presidente invadiram as sedes dos 3 poderes, em Brasília, deixando um rastro de destruição.

Galvan é agricultor em Sinop e presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja Brasil). Humberto Falcão é agricultor e dono de uma empresa de sementes em Primavera do Leste. Lucas Costa Beber é sojicultor em Nova Mutum e vice-presidente da Aprosoja Mato Grosso. os três são acusados de financiar as invasões aos poderes no dia 8 de janeiro deste ano.

 

 Já Diego dos Santos Guimarães é um dos responsáveis por instalar um artefato explosivo em um caminhão tanque nos arredores do aeroporto de Brasília. Conforme revelou a investigação policial, o objetivo dos terroristas era criar uma situação que levasse à decretação do estado de sítio, com o objetivo de impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), já eleito naquela altura.

  

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) é acusado de associação criminosa, violência política, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e tentativa de Golpe de Estado. Já os mato-grossenses foram acusados de associação criminosa, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e tentativa de Golpe de Estado.

 

 O documento aprovado pelos senadores e deputados integrantes da comissão apontou que o entorno de Bolsonaro teria criado um ambiente político que estimulou a adesão de simpatizantes a atos antidemocráticos.

"O 8 de janeiro é obra do que chamamos de bolsonarismo. Não foi um movimento espontâneo ou desorganizado; foi uma mobilização idealizada, planejada e preparada com antecedência. Os executores foram insuflados e arregimentados por instigadores que definiram de forma coordenada datas, percurso e estratégia de enfrentamento e ocupação dos espaços", afirmou a senadora.

Não cabe, contudo, à CPI decidir sobre o indiciamento dessas pessoas. Após a aprovação, o relatório é encaminhado para os órgãos de controle, como o Ministério Público Federal (MPF) e a Advocacia-Geral da União (AGU), que vão avaliar se oferecem ou não denúncia contra os citados com base nas conclusões do relatório.

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