APARECIDO CARMO
DO CONEXÃO PODER
O presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Telefonia, deputado estadual Diego Guimarães (Republicanos), disse que pretende conversar com o comandante-geral da Polícia Militar de Mato Grosso, coronel Alexandre Corrêa Mendes, para verificar de que maneira a CPI pode colaborar para impedir que crimes sejam cometidos de dentro dos presídios por meio de aparelhos celulares.
“Quero conversar com o Coronel Mendes sobre esse assunto, qual é o pensamento dele, se ele já teve alguma dificuldade nessa interlocução com as empresas de telefonia. Não é esse o objeto direto da CPI, aí nós precisamos identificar se entra dentro do escopo da CPI, até para não termos nenhum problema de nulidade, mas se a gente puder de alguma forma ser o porta-voz e fazer essa interlocução junto a Anatel, junto as empresas de telefonia, para ajudar as forças de segurança certamente nós faremos”, disse o deputado.
O deputado questionou as dificuldades que o cidadão comum encontra para conseguir usar os serviços de telefonia, especialmente em algumas cidades do interior, enquanto que nos presídios, os criminosos conseguem cometer crimes com muita facilidade.
“É engraçado, né, que o cidadão livre, o pai de família, o trabalhador, não consegue falar ao telefone, e o crime organizado dentro dos presídios eles conseguem se conectar, se falar, aplicar golpe, e comandar o trabalho dos seus comparsas que estão fora da cadeia. (...) Como pode dentro dos presídios funcionar aparelho celular e quem está fora tem uma dificuldade gigante para poder desenvolver o seu trabalho e conversar com as pessoas?”, questionou.
A primeira reunião de trabalho da CPI da Telefonia foi realizada nesta quinta-feira (16), quando foram aprovados o Regimento Interno e o Plano de Trabalho da comissão. A CPI é formada, ainda, pelos deputados Dr. Eugênio (PSB), Faissal (Cidadania) e Juca do Guaraná (MDB).
O objetivo da comissão é apurar a responsabilidade por danos causados ao consumidor na prestação inadequada de serviços de telefonia móvel oferecidos pelas operadoras existentes em Mato Grosso. O prazo para desenvolvimento dos trabalhos é de 180 dias.