CAMILLA ZENI
DA REDAÇÃO
O secretário-chefe da Casa Civil, Mauro Carvalho, afirmou que o Governo do Estado tem mantido contato com todos os sindicatos de servidores do Estado e sempre esteve “de portas abertas” para dialogar com as categorias.
A afirmação é uma resposta às críticas de que o governador Mauro Mendes (DEM) não seria aberto a dialogar com sindicalistas, principalmente quando há indicativos de greve, como é o caso dos policiais penais.
“O governador e seus secretários sempre atendem todos os sindicatos. O secretário Basílio fez um trabalho, em setembro, outubro, novembro, dezembro, e todos os sindicatos foram atendidos pela Secretaria de Gestão e Planejamento. Então, isso daí é conversa que, pra gente, não tem o menor cabimento, porque sempre fomos abertos ao diálogo e vamos continuar conversando com todos os sindicatos, independente de qual categoria seja no Estado”, manifestou o secretário.
Carvalho ainda pontuou que ele próprio, em conjunto com o secretário de Estado de Segurança Pública, Alexandre Bustamante, chegou a receber representantes da Polícia Penal, e considera que o governo fez sua parte.
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A Polícia Penal de Mato Grosso está em greve desde 16 de dezembro, exigindo a equiparação salarial com outras forças de segurança. Isso porque a categoria, antes chamada de agentes penitenciários, passou a ser considerada polícia em 2020 e, até o momento, apesar de ter recebido novas funções, não teve a igualdade salarial.
A greve dos policiais penais tem sido acompanhada pelo Tribunal de Justiça e Ordem dos Advogados do Brasil, além de contar com articulação de diversos deputados estaduais para tentarem solucionar o impasse. A situação é agravada porque o governador já afirmou que não negocia com a categoria enquanto o grupo estiver de greve, e os policiais dizem que não saem da greve enquanto não houver negociação.
Uma das parlamentares que têm acompanhado a situação, a deputada Janaina Riva (MDB) comentou a preocupação com a paralisação das atividades policiais e defendeu que o governador deve receber, pessoalmente, os sindicalistas.
“Acho injusto não sentar com os policiais penais, porque eles querem um compromisso do governador, não do secretário. Secretário depois troca e fica 'ah, quem garantiu foi fulano, ciclano'. Eles querem um compromisso de Estado com relação à equiparação salarial com a Polícia Militar", disse a deputada.
"O que eles estão exigindo é o mínimo, um diálogo. E isso é uma tendência, uma discussão no Brasil inteiro. Depois que eles foram considerados policiais, não existe policial A, B ou C. Todo mundo agora é policial, então é natural que eles vão fazer uma luta no país todo", completou.
Apesar das manifestações, não há, até o momento, indicativo sobre o fim da greve.
Roberto 03/01/2022
Não caiam na lábia dessa deputada, só enrola e mais nada..
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