DAFFINY DELGADO
DO CONEXÃO PODER
O presidente da Câmara de Cuiabá, Chico 2000 (PL), afirmou que o Legislativo Municipal precisa de 17 votos para derrubar o parecer do Tribunal de Contas do Estado (TCE), que reprovou as contas do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), referentes ao ano de 2022.
“Para derrubar o parecer do Tribunal de Contas precisamos de 17 votos. É um parecer, que a princípio, se mostra consistente, mas o plenário vai fazer a votação e decidir de acordo com o entendimento de cada vereador”, afirmou.
O TCE, no último dia 07 de dezembro, reprovou as contas do Executivo, apontando um rombo de R$ 1,2 bilhão na Prefeitura Municipal. No relatório, o órgão fiscalizador pediu que os vereadores votem pela reprovação das contas.
Conforme Chico 2000, o parecer do TCE passará primeiramente pela Comissão de Acompanhamento de Execução Orçamentária da Câmara e só depois pelo Plenário para votação dos vereadores
“As contas chegaram, já foram encaminhadas para o setor das comissões, será analisada pela comissão de acompanhamento de execução de orçamentária e levada a plenário para ser apreciada”, disse.
Se os parlamentares seguirem a orientação do TCE, Emanuel Pinheiro ficará inelegível. O recesso do legislativo acaba em 22 de janeiro, entretanto, ainda não foi definida uma data para votação da matéria.
“A votação será tão logo quanto seja pronto para análise do plenário. Assim que estiver apto para apreciação, ele irá”, finalizou vereador.
Relatório
Conforme o relator das contas de Cui8abá no TCE, conselheiro Antônio Joaquim, existe um rombo na Prefeitura de Cuiabá de R$ 1,2 bilhão.
Ainda há um apontamento sobre a falta de transparência do dinheiro enviado pelo Governo Federal ao Município, durante a pandemia de Covid-19. Antônio Joaquim relata que o valor repassado pela União a Cuiabá, referente à Saúde foi de R$ 411 milhões e os gastos do Município seriam de R$ 176 milhões, ou seja, as sobras da Prefeitura foram de pouco mais de R$ 235 milhões, entretanto o dinheiro “sumiu”.
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