DAFFINY DELGADO
DO CONEXÃO PODER
A Câmara Municipal de Cuiabá poderá votar na próxima terça-feira (27), o processo de cassação por quebra de decoro parlamentar contra o vereador tenente-coronel Marcos Paccola (Republicanos), acusado de matar a tiros o agente socioeducativo Alexandre Myagawa de Barros.
Japão, como era conhecido, foi assassinado com três tiros pelas costas na noite do dia 1 de julho, durante uma confusão na frente de uma distribuidora no bairro Quilombo, na Capital.
Na semana seguinte ao crime, a vereadora Edna Sampaio (PT) protocolou o pedido de cassação junto à Comissão de Ética do Legislativo Municipal.
Como não apresentou defesa no prazo estipulado, o presidente da Comissão, o vereador Lilo Pinheiro (PDT) nomeou um servidor da casa como defensor dativo de Paccola.
Após analisar todo inquérito, o defensor pediu pelo arquivamento do processo, pois segundo ele, não houve quebra de decoro. Além disso, ressaltou que a Câmara não tem poder para julgar crimes de homicídio.
Por outro ladro, o relator do processo, vereador Kássio Coelho (Patriota), protocolou na sessão passada o seu relatório, onde deu parecer favorável à cassação do militar.
O presidente da Casa de Leis, Juca do Guaraná (MDB) afirmou que colocaria para votação a cassação na próxima sessão, assim que recebesse o parecer da relatoria.
A expectativa é que isso acontece na sessão de terça-feira (27).
Réu por homicídio qualificado
Além do processo de cassação na Câmara, Paccola ainda foi denunciado pelo Ministério Público pelo crime de homicídio qualificado de Japão. O processo corre na Vara Criminal de Cuiabá.
No entendimento do MP, ficou claro que Paccola agiu por motivo torpe de modo que impossibilitou a defesa da vítima.
A primeira sessão de julgamento está prevista para final de outubro. Caso seja condenado, ele poderá pegar pega superior a 20 anos de prisão.