EUZIANY TEODORO
DAFFINY DELGADO
O deputado estadual Valdir Barranco, presidente da executiva estadual do PT em Mato Grosso, negou que a suspensão da filiação de Ester Perralto, a Tigresa Vip, tenha sido motivada por medo de que ela “roubasse” votos de nomes mais fortes da sigla, na disputa por uma vaga na Assembleia Legislativa.
O boato que corre nos bastidores, pois Tigresa poderia puxar votos como do próprio Barranco e também de Lúdio Cabral, colocando em risco a reeleição de ambos, devido à sua popularidade. Para analistas, o voto na atriz de vídeos eróticos poderia ser um voto de protesto, diante do atual cenário político.
“Isso não ocorre, porque voto é por representatividade. Eu, por exemplo, tenho uma militância na agricultura familiar. Então, os votos que eu tenho vêm daí. O Lúdio também milita na educação, milita na saúde, então é com quem se sente representado nessa militância. Ela, se for candidata, porque ela até pode vir a ser candidata, ela não vai entrar nessa nossa militância, ela vai ter um público diferente”, afirmou Barranco, em entrevista ao RepórterMT.
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Segundo o deputado, a expulsão de Tigresa Vip do partido foi por não ter seguido os trâmites corretos para filiação. Além disso, segundo ele, o coletivo de mulheres do PT teve voto fundamental. Segundo ele, o “trabalho” de Ester não influenciou na decisão.
“Pelo contrário. O PT respeita todas as classes. Inclusive, a nota que mais marca essa questão da suspensão é das mulheres do PT, o coletivo de mulheres, que é um coletivo muito forte, é que tomou a iniciativa de emitir uma nota sobre a questão da suspensão dela, porque não cumpriu aquilo que a rigor todo mundo cumpre. Que é primeiro se filiar na instância municipal. Ninguém é filiado no nacional, nem no estadual. Mesmo quem é filiado aqui em Cuiabá, é na instância municipal”.
Tigresa já tem advogado e deve recorrer à executiva nacional do PT para manter sua filiação e concorrer nas eleições deste ano.
“O advogado, ele sabe mais do que eu, que ela tem direito ao recurso administrativo. Então, ela vai recorrer à nacional e o que decidir lá, será acatado”, concluiu Barranco.