EUZIANY TEODORO
DO CONEXÃO PODER
Os deputados estaduais acabam de aprovar, em 1ª votação, empréstimo do Governo do Estado junto ao Banco Mundial, de 180 milhões de dólares. A mensagem do governador Mauro Mendes (União) foi aprovada por 22 votos a 2, em sessão vespertina desta quarta-feira (17). Os votos contra foram dos petistas Valdir Barranco e Lúdio Cabral. A 2ª votação deve acontecer ainda hoje.
A proposta do Estado é investir 100 milhões de dólares em políticas pedagógicas para melhorar o índice de aprendizagem das escolas públicas, conforme previsto no programa "Aprendizagem em Foco Mato Grosso". O projeto é levar a Educação de Mato Grosso à quinta melhor do país.
Outros 80 milhões de dólares serão investidos na agricultura familiar, conforme projeto de desenvolvimento sustentável idealizado pelo Executivo para contemplar o setor.
Em debate na Assembleia, durante análise do projeto, Gilberto Figueiredo (União), suplente que está no cargo e braço forte do Governo como comandante da pasta da Saúde, falou sobre a importância do investimento financiado pelo empréstimo.
“Falando como alguém que sempre foi eleito pelo setor da Educação, sei que isso é para garantir que os instrumentos necessários, que vão fazer a grande diferença nos próximos anos, sejam feitos nesse momento. São projetos desenhados desde 2022 e participei de inúmeros desses projetos. É importante. É necessário sim aprovarmos isso”, disse.
Faissal Calil (Cidadania) afirmou que pensou em votar contra a autorização. No entanto, mudou de ideia ao entender que o foco dos investimentos será educação e agricultura familiar.
“Primeiramente, veio à mente votar contra. Eu pensei: será que tem necessidade de fazer, se o governo tem em caixa R$ 6 bilhões? É justo deixar para os próximos gestores pagarem? Mas vamos mais a fundo. Não podemos negar investimentos em setores tão importantes como educação e agricultura familiar. Não tem como votar contra.”
O Estado terá carência de 5 anos para pagar o empréstimo. Neste período, serão pagos apenas os juros. Nos 20 anos seguintes, o Estado pagará a amortização. Em caso de variação cambial, o Governo poderá optar pela contratação de um seguro ou por quitar a integralidade da dívida.
Agora que o empréstimo foi autorizado pela Assembleia Legislativa, a expectativa é que o acordo seja selado até o início do ano que vem.