DAFFINY DELGADO
DO CONEXÃO PODER
O presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) emitiu um decreto no final do mês passado, no qual determinou um redimensionamento no Orçamento de 2023 na ordem de R$ 1,5 bilhão. Os ministérios da Saúde e Educação respondem por metade do bloqueio.
Em análise ao RepórterMT, o jornalista e analista político Onofre Ribeiro afirmou que o petista perdeu ‘totalmente’ o controle sobre a economia brasileira e está indo contra tudo que ele pregou durante sua campanha eleitoral.
"Ele está indo completamente contra a sua proposta de governo. Na saúde vinha aquela pecha de que o Bolsonaro, na pandemia da covid-19 foi uma desordem. Então era o caso de investir, agora tira dinheiro da Saúde, tira dinheiro da Educação sendo que prometeu na companha que seria o norte do seu governo”, disse.
“Mas o que está por trás disso? A completa desordem financeira do governo”, emendou.
Conforme Onofre, o governo Lula começou com um superávit no orçamento de R$ 94 bilhões e que em menos de 7 meses de gestão o Governo Federal já conta com um déficit na ordem de R$ 5 bilhões.
“O governo não tem controle dos seus gastos. Houve uma gastança e ela está aumentando e tem que cortar sim, mas ele está cortando das áreas erradas. Daqui a pouco corta da segurança, corta mais da saúde, corta das universidades, corta do transporte, desordem financeira”, declarou.
Onofre acrescentou que a única saída de Lula é que a Reforma Tributária seja aprovada no Congresso Nacional. Do contrário, ele corre o risco de sofrer um impeachment.
"Ele está tentando a Reforma Tributária que vai aumentar os impostos numa proporção muito alta. O Fernando Haddad está tentando é que ele precisa de R$ 154 milhões para fechar o exercício de 2024, porque 2023 vamos fechar no vermelho. Se até lá não passar o Arcabouço Fiscal e fechar no vermelho é motivo de impeachment, foi o mesmo que aconteceu com a Dilma”, explicou.
"Então eles estão num desespero muito grande porque o governo gastou demais, criou ministérios, fez milhões de negócios, para aprovar a Reforma na Câmara ele teve que liberar mais de R$ 5 bilhões e para ser aprovada no Senado vai ser igual, mas a arrecadação não cai nesse nível”, acrescentou.