MÁRCIA MATOS
DA REDAÇÃO
Em entrevista ao Conexão Poder, o presidente do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso, desembargador Carlos Alberto Alves da Rocha, comenta que a proposta que tramita no Congresso Nacional, sobre a mudança no formato da votação brasileira, que pode passar a ter voto impresso, ainda não convenceu sobre a efetividade.
Na entrevista o desembargador comenta o risco de uma mudança atrasar a apuração de uma eleição, devido à possível recontagem de votos.
"Teria que ser por amostragem, porque se tiver a possibilidade de todas aurnas de ter que ser conferidas, nós voltaríamos ao passado. Se for conferir voto por voto seria um absurdo. Seria talvez por amostragem, mas precisa ter uma prova de que houve fraude na urna", observou.
O magistrado argumenta que não contra mudanças, mas elas precisam ter garantia de que serão efetivamente melhores do que o sistema de urna eletrônica já em uso, e ainda, que não traz risco de fraude. Ele aponta que, se implantado, o novo sistema deve garantir que o eleitor não leve o comprovante de voto e este comprovante, mesmo ficando na sessão eleitoral, não pode de alguma forma identificar o eleitor.
"Como é que vai se apurar se bateu o voto impresso daquele que eu digitei? Como faz essa apuração? Tem que ter um mecamismo ali. Como vai fazer essa conferência? Estou procurando não ser contra, mas ver aonde vamos chegar. De que forma a tecnologia vai implementar mecanismo que não tenha problema", comentou.
Veja a entrevista na íntegra: